segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tesoureiros revelam suas estratégias para a campanha presidencial

RIO - José de Filippi Jr., tesoureiro da presidenciável Dilma Rousseff, se compara ao "preparador físico" de uma equipe de arrecadação - acha melhor não aparecer - e diz que o deputado Antonio Palocci (PT-SP) é o "técnico". Em entrevista, Filippi revelou como trabalha o comitê de arrecadação, que acumula R$ 10 milhões, dos R$ 157 milhões orçados. Ele estima que o sistema de arrecadação pela internet estará no ar na primeira semana de agosto. Sua meta é conseguir pelo menos dez mil doadores, um primeiro passo no que considera o sistema ideal de financiamento de campanha, popular e pulverizado.

Escolhido pela terceira vez pelo candidato a presidente José Serra (PSDB) para comandar suas contas de campanha, o ex-ministro da Justiça José Gregori é do tipo que valoriza a discrição. E é a esse perfil que o tucano atribui os convites para uma função polêmica, já alvo de escândalos.

Gregori contou sobre a tarefa de administrar, nos próximos três meses, a campanha que tem a estimativa mais alta de gasto desta eleição - R$ 180 milhões, contra R$ 157 milhões de Dilma e R$ 90 milhões de Marina Silva (PV). O tucano diz que a situação financeira do comitê de Serra é "promissora", mas admite que a candidata governista deverá ter mais "facilidade" para arrecadar recursos.

Ex-presidente do Citibank no Brasil, Álvaro de Souza, de 61 anos, tem a missão de convencer os doadores que a senadora Marina Silva é competitiva e por isso não deve ser colocada em segundo plano na hora das contribuições para a campanha presidencial.

Apesar de conhecer a presidenciável dos tempos em que dirigiu a ONG ambiental WWF, foi o empresário Guilherme Leal, vice da chapa do PV e seu amigo de colégio, quem o convidou para coordenar a área financeira da campanha. Para Souza, os 34 anos no Citi ajudam a abrir portas em busca dos R$ 90 milhões para bancar a candidatura da verde.

Da Agência O Globo

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