quinta-feira, 6 de maio de 2010

O fim do mistério

Dos políticos pernambucanos, Jarbas Vasconcelos é o que detém a maior capacidade de segurar um fato, sem deixar vazá-lo. Ontem, véspera do seu anúncio, que ocorre, hoje, às 15 horas, no Debate, ninguém arriscaria um palpite. Quem sabia, como o senador Sérgio Guerra, com quem discutiu o assunto por diversos encontros seguidos, repetia que nem sob tortura falaria.

O que Jarbas impôs como condição aos aliados? Uma das exigências deve ter sido o silêncio. Ou então, o próprio senador só deixou para decidir hoje, sem deixar pistas para os aliados. Carrancudo quando quer e convém, e extremamente carismático quando vai às ruas atrás do voto, Jarbas é um político que não dá aberturas para intimidades.

Talvez porque se inspire no velho prodígio de que intimidades só geram filhos e problemas. O fato, entretanto, é que o senador conseguiu a façanha de guardar por mais de 30 dias uma decisão em segredo absoluto. Ao longo desse tempo todo oscilou em ser algumas vezes, quando ventos favoráveis bateram no seu telhado, e em não ser quando não enxergou luz no final do túnel.

No páreo ou não, Jarbas ocupou uma mídia fantástica, seja positiva ou não, e numa condição sui generis: como o único salvador da pátria do bloco de oposição. Com ele, haverá eleição e, portanto, disputa. Sem ele, Pernambuco verá Eduardo ser reeleito por w x o.

Coluna de hoje na Folha

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