O Dia D para a vacinação de idosos contra a gripe comum

O Dia D para a vacinação de idosos contra a gripe comum

Dia D... ausências. Assim pôde ser descrita a situação dos Postos de Saúde da Família, Policlínicas e até mesmo de muitos pontos de apoio que contribuíram com a campanha de vacinação contra a gripe comum para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, ontem. Com o adiamento da data - era para ter sido no sábado passado - muitos idosos não foram aos postos tomar a vacina que previne a influenza. Apesar do fluxo mais intenso pela manhã, durante à tarde, o que se via nas unidades de saúde eram técnicos, enfermeiros e cadeiras vazias. A vacinação contra a gripe comum e a H1N1 para pessoas com 60 anos ou mais vai até o dia 21 de maio. A Secretaria Estadual de Saúde não foi localizada para prestar maiores esclarecimentos sobre a baixa freqüência no dia D da campanha.

“Esperávamos muito mais pessoas. No sábado passado, quando foi adiado, fizeram uma fila imensa aqui na porta. Tinha gente querendo quebrar a porta para entrar. Mas hoje o movimento foi bem aquém do esperado”, comentou a enfermeira Sonilda Pessoa, 58, do Centro de Saúde Professor Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro. Em Olinda, a cena se repetiu. “A gente sabe que a vacina é muito importante, porque aumenta a imunidade. Hoje tivemos uma média de 200 atendimentos, mas para a influenza dos idosos foram uns 80. Depois que adiaram, não divulgaram muito, por isso está assim. Durante a semana veio mais gente, mas no dia D, foi fraquíssimo”, disse a técnica de enfermagem Silvana Farias, 42, da Unidade da Família do Varadouro.

Quem marcou presença nos postos de atendimento agora pode ficar tranqüilo com a certeza da imunização. “Eu tenho muito receio de pegar a doença. Fiquei esperando o dia D para tomar logo as duas vacinas ao mesmo tempo. A da gripe comum e a da H1N1. E nem dói”, salientou Maria das Graças Monteiro Coimbra, pensionista, de 80 anos. O aposentado Luiz Gonzaga, de 73 anos, toma a vacina há vários anos e não perde a oportunidade de se sentir mais seguro, principalmente, por conta da saúde fragilizada pela idade. “Já tomei a vacina várias vezes, venho todo ano. Há muito tempo não tenho uma gripe. É muito importante, não tenho nem o que comentar quanto a isso. Vou aproveitar e tomar as duas, porque é o melhor mesmo”.

Visando estimular a vacinação dos idosos, muitas unidades de apoio foram instaladas pela Região Metropolitana. A Roval Farmácia de Manipulação é uma das colaboradoras nessa empreitada. Há seis anos, monta um stand de atendimento e participa de campanhas de vacinação para idosos e de vacinação infantil contra a poliomielite. Ontem, aproximadamente 700 pessoas foram vacinadas pelos estudantes voluntários da Escola Técnica de Enfermagem Irmã Dulce, na unidade de apoio da farmácia, na Rua Santo Elias, no bairro do Espinheiro.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, até o momento, 30% dos idosos com mais de 60 anos já receberam a vacina contra a gripe comum, e 2.364.339 pessoas foram vacinadas contra a H1N1, a meta é de 3,3 milhões de imunizados. Somente este ano, Pernambuco registrou oito casos confirmados da gripe A e dois óbitos foram notificados.

Da redação do Pernambuco.com