''Sem diploma, fui o presidente que mais construiu universidades''

''Sem diploma, fui o presidente que mais construiu universidades''

Falando agora há pouco para uma platéia de cerca de cinco mil pessoas, em Caetés, no Agreste Meridional de Pernambuco, sua terra natal, o presidente Lula finalmente conseguiu fazer um discurso sem ferir a legislação eleitoral. Na sua fala ele não citou uma vez sequer a candidata presidencial petista Dilma Roussef, a não ser antes de discursar, justificando a cobrança que recebeu de um dos presentes, em torno da ausência da presidenciável.

A fala do presidente foi centrada em cima do avanço de seu governo na área de Educação. Lula disse, por exemplo, que em oito anos fez 214 escolas técnicas, enquanto que o Brasil, em 100 anos construiu 140. “Ou seja, dobramos o número de escolas técnicas em oito anos’’, disse.

Ainda em torno do assunto, informou que o convênio com universidades através do Pro-Uni, com incentivos governamentais diversos, 706 mil jovens carentes entraram para um curso universitário. Lembrou que há pouco assistiu a formatura dos primeiros quatrocentos do curso de medicina. “Como presidente da República, hoje morreria feliz, pois um curso de Medicina custa cinco mil reais por mês, e esses 400 novos profissionais nada pagaram.”

Lula insistiu mais no tema Educação argumentando que o Brasil exporta suco de laranja, e até aviões, mas seu desejo é que no futuro, com o investimento atual no setor educacional, passemos a exportar conhecimento, por exemplo, produzindo chips, e não importando.

Lula proclamou ser o único presidente sem diploma da história da República, mas o que mais construiu universidades. Sobre o programa hoje implantado em Caetés, primeira etapa do 150 mil computadores a serem distribuídos em escolas públicas, em 300 cidades, o presidente informou que o sistema será em banda larga em todas as escolas publicas urbanas, e antenas na zona rural. Sobre a escolha de Caetés como piloto do programa, o presidente Lula disse que foi decisão sua, pessoal, depois que conheceu a experiência obtida pela então governador Pezão, em Piraí, no Rio de Janeiro. Ali, explicou, antes havia uma evasão escolar de 70%, e hoje, com os computadores, o índice de aprovação é 100%.

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