quarta-feira, 14 de julho de 2010

O poderoso chefão

Pobre da Nação dirigida por alguém que se considera acima do bem e do mal, que não respeita as leis, que não sabe o que é a chamada liturgia do poder, que acha que por ser popular, pode tudo, inclusive afrontar os poderes constituídos, como o Judiciário.

Assim, tem sido a rotina do presidente Lula neste período eleitoral. Ontem, mais uma vez, depois de ser multado em seis flagrantes de abuso pelo Tribunal Superior Eleitoral, Lula, ao lançar o trem-bala, que é igual as demais obras dele, que nunca saem do papel, fez campanha explícita para Dilma.

“Eu não posso deixar de dizer que nós devemos o sucesso disso tudo a uma mulher. Eu nem poderia falar o nome dela, mas a gente também não pode esconder a história por causa da eleição. A companheira Dilma assumiu a responsabilidade de fazer este trem de alta velocidade”, disse o poderoso chefão, mesmo sabendo que amanhã ou mais tarde será novamente multado pela justiça eleitoral.

Na verdade, Lula pinta e borda com as instituições porque sabe que a punição, neste caso, ainda é muito leve. Quando muito, uma multinha de R$ 10 mil, que os outros pagam por ele.

Se a lei implicasse em penalidades como a inelegibilidade, tanto do padrinho quanto do apadrinhado, nunca chegaria a afrontar o TSE. Mas, depois de Lula dar ouvidos e paparicar os maiores ditadores do mundo, alguém pode esperar dele posturas diferenciadas?
Coluna de hoje na Folha

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