domingo, 25 de julho de 2010

Crise afeta cinco milhões

Cinco milhões de pessoas residentes nos dois lados da fronteira colombo-venezuelana são afetadas pela crise entre os dois vizinhos, informou este domingo a presidente da Câmara de Comércio Colombo-venezuelana, Magdalena Pardo.

"No total, cinco milhões de pessoas da fronteira são diretamente afetadas pela crise", disse Pardo à edição digital do jornal bogotano El Espectador.

Ela afirmou que os moradores da cidade colombiana de Cúcuta (nordeste) e os das venezuelanas Ureña e San Cristóbal "estão separados apenas pela ponte internacional e, portanto, sua atividade comercial e social se desenvolve nos três povoados".

"Toda a população fronteiriça se vê afetada pelas decisões dos governos, já que as restrições à passagem transfronteiriça de mercadorias e pessoas levou a uma proliferação de instituições informais e ilegais", enfatizou.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, rompeu na quinta-feira as relações diplomáticas com a Colômbia, depois que Bogotá denunciou, ante a OEA, que milhares de guerrilheiros colombianos têm uma "presença ativa" na Venezuela, o que Caracas nega.

Chávez restringiu o comércio com a Colômbia desde julho de 2009, depois que Bogotá e Washington assinaram um acordo de cooperação, pelo qual militares americanos podem operar de forma controlada em sete bases colombianas, o que a Venezuela considera um risco para sua segurança.

A Venezuela era, até então, o segundo parceiro comercial da Colômbia, depois dos Estados Unidos.

Segundo empresários dos dois países, nos primeiros três meses de 2010, o comércio binacional caiu 70%, em comparação com o mesmo período do ano passado, o que se reflete no alto desemprego que afeta os departamentos (estados) fronteiriços colombianos de Norte de Santander (do qual Cúcuta é capital), Arauca e La Guajira.

Da AFP Paris

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