Petroleira controla vazamento de óleo no Golfo do México
O ambicioso plano da petroleira British Petroleum (BP) pode ter dado certo, apesar de a empresa continuar zelosa: nesta quinta-feira, a BP conseguiu frear o vazamento de gás e petróleo no Golfo do México com sua estratégia de injetar lama no local, de acordo com declaração do chefe da Guarda Costeira americana, almirante Thad Allen. O poço de onde escapa o óleo há mais de um mês foi tampado com cimento, mas, segundo Allen, ainda é muito cedo para declarar que a operação foi vitoriosa.
Como ainda não se tem certeza de que o óleo vai parar de vazar, os cientistas, que já consideravam este o pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos, garantem agora que a quantidade de óleo derramada é uma catástrofe. Pelas estimativas mais conservadoras, seriam 18 milhões de galões (68 milhões de litros). No pior dos cenários, 39 milhões de galões (148 milhões de litros) podem ter vazado, o que faz do acidente uma tragédia muito maior do que a de Exxon Valdez, no Alasca, em 1989, quando foram derramados 11 milhões de galões (42 milhões de litros).
O procedimento, que começou a ser feito nesta quarta-feira, implicou injetar lodo no poço para depois fechá-lo com concreto. Foi a primeira vez que se fez uma experiência como esta com cimento a 1.500 metros de profundidade.
"Eles conseguiram estabilizar o topo do poço, estão injetando lama nele. Eles paralisaram a subida dos hidrocarbonetos por ele", afirmou Allen.
Mas como o procedimento da BP ainda está em andamento, a própria petroleira não fez comentários mais detalhados a respeito. Os profissionais da empresa disseram que como o método é inédito, eles vão precisar de alguns dias para saber se vão obter sucesso. O presidente Barack Obama vai voltar pela segunda vez à Louisiana, onde já foi decretado estado de emergência, nesta sexta-feira para avaliar os estragos do vazamento de óleo, segundo informou a Casa Branca. Ele tem ordenado nos últimos dias a assessores que "tampem o maldito buraco". Alguns especialistas acreditam que este procedimento é a única solução de curto prazo que resta à empresa.
As consequências para a BP são profundas. Se a experiência der certo, o vazamento finalmente poderá ser contido, o que vai ajudar a melhorar um pouco a imagem da petroleira. Caso contrário, a catástrofe ambiental só tenderá aumentar: serão mais muitos meses de escapamento de óleo e os impactos ao meio ambiente extremamente graves. A companhia já gastou cerca de US$ 760 milhões para tentar conter o vazamento e a possibilidade de perfuração, como último recurso, não seria concluída antes de agosto ( veja as espécies que estão em perigo).
Se a "sufocação" do poço entrar para a lista de fracassos da BP, o governo dos EUA pode se ver na obrigação de assumir diretamente os esforços para controlar esse que já é o pior vazamento de óleo na história do país.
O diretor-geral da BP, Tony Hayward reconheceu que as informações obtidas sobre as causas da explosão mostram que houve uma série de erros antes do afundamento da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril.
Nesta quinta-feira, Obama vai anunciar regras mais rígidas para a exploração de petróleo. Ele já nomeara uma comissão para investigar o vazamento de óleo.
Apesar da irritação com a BP - que admitiu ter cometido o "erro fundamental" de manter a plataforma em operação nas horas subsequentes ao acidente -, o governo depende quase que exclusivamente da tecnologia de águas profundas da empresa para resolver esse problema.
Da Agência O Globo
Como ainda não se tem certeza de que o óleo vai parar de vazar, os cientistas, que já consideravam este o pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos, garantem agora que a quantidade de óleo derramada é uma catástrofe. Pelas estimativas mais conservadoras, seriam 18 milhões de galões (68 milhões de litros). No pior dos cenários, 39 milhões de galões (148 milhões de litros) podem ter vazado, o que faz do acidente uma tragédia muito maior do que a de Exxon Valdez, no Alasca, em 1989, quando foram derramados 11 milhões de galões (42 milhões de litros).
O procedimento, que começou a ser feito nesta quarta-feira, implicou injetar lodo no poço para depois fechá-lo com concreto. Foi a primeira vez que se fez uma experiência como esta com cimento a 1.500 metros de profundidade.
"Eles conseguiram estabilizar o topo do poço, estão injetando lama nele. Eles paralisaram a subida dos hidrocarbonetos por ele", afirmou Allen.
Mas como o procedimento da BP ainda está em andamento, a própria petroleira não fez comentários mais detalhados a respeito. Os profissionais da empresa disseram que como o método é inédito, eles vão precisar de alguns dias para saber se vão obter sucesso. O presidente Barack Obama vai voltar pela segunda vez à Louisiana, onde já foi decretado estado de emergência, nesta sexta-feira para avaliar os estragos do vazamento de óleo, segundo informou a Casa Branca. Ele tem ordenado nos últimos dias a assessores que "tampem o maldito buraco". Alguns especialistas acreditam que este procedimento é a única solução de curto prazo que resta à empresa.
As consequências para a BP são profundas. Se a experiência der certo, o vazamento finalmente poderá ser contido, o que vai ajudar a melhorar um pouco a imagem da petroleira. Caso contrário, a catástrofe ambiental só tenderá aumentar: serão mais muitos meses de escapamento de óleo e os impactos ao meio ambiente extremamente graves. A companhia já gastou cerca de US$ 760 milhões para tentar conter o vazamento e a possibilidade de perfuração, como último recurso, não seria concluída antes de agosto ( veja as espécies que estão em perigo).
Se a "sufocação" do poço entrar para a lista de fracassos da BP, o governo dos EUA pode se ver na obrigação de assumir diretamente os esforços para controlar esse que já é o pior vazamento de óleo na história do país.
O diretor-geral da BP, Tony Hayward reconheceu que as informações obtidas sobre as causas da explosão mostram que houve uma série de erros antes do afundamento da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril.
Nesta quinta-feira, Obama vai anunciar regras mais rígidas para a exploração de petróleo. Ele já nomeara uma comissão para investigar o vazamento de óleo.
Apesar da irritação com a BP - que admitiu ter cometido o "erro fundamental" de manter a plataforma em operação nas horas subsequentes ao acidente -, o governo depende quase que exclusivamente da tecnologia de águas profundas da empresa para resolver esse problema.
Da Agência O Globo
0 comentários:
Postar um comentário