quinta-feira, 3 de junho de 2010

Morte de jovem americano no ataque de Israel pode exigir que EUA saiam da neutralidade

A morte de um jovem americano no ataque de Israel à frota de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza pode forçar o governo de Barak Obama a sair da posição de neutralidade, diante da crise diplomática desencadeada pelo espisódio.

A confirmação da morte do jovem de 19 anos Furkan Dogan, nascido no estado de Nova York, que também tinha dupla-cidadania turca e americana, torna ainda mais complicada a intenção do governo em não tomar nenhuma posição sobre o ataque.

A secretária de estado americano, Hillary Clinton, disse que funcionários do governo dos Estados Unidos haviam se reunido com o pai do jovem para prestar-lhe pêsames e oferecer assistência do consulado.

Outros dois americanos ficaram feridos, no ataque e durante um protesto posterior. Segundo Hillary Clinton, os Estados Unidos estão buscando informações sobre eles por Israel.

Os Estados Unidos ainda não decidiram como lidar com a morte de Dogan, disse Hillary, mas insistem que Israel faça "uma investigação de forma rápida, justa, crível e transparente, em conformidade com as normas internacionais, para reunir todos os fatos que cercam este acontecimento trágico".

Dogan morreu logo depois de receber disparos, segundo o porta-voz da Secretaria de Estado Americano, Philip Crowley. No entanto, Crowley não confirmou relatos de que a vítima sofreu ferimentos de bala na cabeça.

Diplomatas americanos tinham visto seu corpo em um necrotério em Israel, antes de ser enviado para a Turquia, mas, naquele momento, não sabiam que se tratava de um cidadão americano, acrescentou Crowley.

O porta-voz americano afirmou que serão avaliadas cuidadosamente todas as informações que os Estados Unidos receberem sobre as circunstância a morte de Dogan.

"Nós levamos muito a sério a saúde dos cidadãos americanos em qualquer parte do mundo", destacou.

O pai de Dogan disse à agência de notícias turca Anatolia que identificou o corpo e que seu filho havia sido baleado na testa. Ele disse que sua família não estava triste porque acreditava que seu filho morreu com honra.

O departamento de estado americano já identificou que um dos outros dois americanos feridos é a jovem Emily Henochowicz, de 21 anos. A informação é de que cidadã americana teria perdido um olho depois de ter sido atingida no rosto por uma bomba de gás lacrimogêneo, durante um protesto contra o ataque, em Jerusalém.

Da Agência O Globo

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