Brasil sobe duas posições e ocupa o 38º em ranking mundial de competitividade
O Brasil ficou mais competitivo depois da crise mundial e subiu duas posições no ranking, ocupando o 38º lugar no Índice de Competitividade Mundial. O crescimento da produtividade empresarial e a geração de empregos foram considerados fundamentais para que o país melhorasse sua posição no ranking mundial.
O resultado da pesquisa, desenvolvida pelo International Institute for Management Development (IMD), que contou com a parceria da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pelos dados do Brasil, foi anunciado nesta quarta-feira.
"O Brasil manteve a sua capacidade competitiva, alavancada principalmente pelos avanços na produtividade empresarial e na geração do emprego sendo que o país, apesar de ter tido um declínio no crescimento do PIB em 2009", explicou Carlos Arruda, professor da FDC, responsável pela captação e avaliação dos dados brasileiros.
A classificação, que analisou 58 países, é baseada em pesquisas com 331 indicadores quantitativos e qualitativos, agrupados em quatro fatores de competitividade – desenvolvimento econômico, eficiência governamental, eficiência de negócios e infra-estrutura. Os dados são utilizados como ferramenta para determinar planos de investimento e tributação local, orientar decisões políticas dos governantes e compreender o mecanismo da competitividade em todo o mundo.
Os Estados Unidos, pela primeira vez, perderam a primeira colocação. O ranking é liderado por Cingapura, seguido de Hong Kong, EUA, Suíça e Austrália, nas cinco primeiro colocações.
Países como África do Sul (44º), México (47º) e Rússia (51º) ficaram atrás do Brasil, que demonstrou resistência para lidar com a crise, ao contrário dos países europeus que foram, de modo geral, os que mais perderam posições no relatório deste ano.
O estudo mostra que o Brasil ganhou três posições na categoria “Eficiência dos Negócios”, passando para o 24º lugar, e se destacou em 8º lugar com o seu PIB estimado em US$ 1,57 trilhão. No quesito “Eficiência de Governo”, o país se manteve na 52ª colocação; em “Finanças Públicas” ficou em 29º; e “em Política Fiscal”, 37º.
Na área de infraestrutura, o Brasil perdeu três posições, voltando para o 49º lugar; na área de saúde, caiu também três posições, ocupando o 40º lugar; e, na área de educação, com queda de duas posições, está em 53º lugar.
"O Brasil investe pouco em educação básica (cerca de mil dólares por aluno), que equivale à metade do que países como Argentina, Chile e México investem ou seis vezes menor se comparado à Comunidade Européia", explicou Arruda.
O relatório também apontou preocupações com a perda de posições referentes à retração de multinacionais brasileiras e ao baixo nível de investimentos estrangeiros no Brasil em 2009.
"Para os próximos anos prevemos ciclos de ganhos de posição da competitividade brasileira, mas para que este círculo virtuoso se mantenha é preciso que o Brasil continue ganhando competitividade, é fundamental que o governo, as empresas e a sociedade sustentem seus compromissos com o longo prazo, com os investimentos na capacidade produtiva, na infraestrutura e na educação", completou o professor da FDC.
O estudo trouxe uma novidade para 2010: o “simulador de estresse da dívida pública” (Debt Stress Test), que calcula os altos níveis de endividamento das nações e o impacto no desenvolvimento sustentável desses países. Este indicador aponta quanto tempo levará para as principais economias saírem da condição de alto devedoras e alcançarem déficits abaixo de 60% do PIB. O Japão lidera a lista com previsão de saída da condição de alto devedor em 2084. Outros destaques são Itália (2060), Portugal (2037), EUA (2033), França (2029), Alemanha (2028) e Reino Unido (2028). O Brasil com nível de endividamento em 2009 de 62,79% do PIB assim como Argentina, Índia e Noruega são os países que devem estar abaixo de 60% a partir de 2015.
Da Agência O Globo
O resultado da pesquisa, desenvolvida pelo International Institute for Management Development (IMD), que contou com a parceria da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pelos dados do Brasil, foi anunciado nesta quarta-feira.
"O Brasil manteve a sua capacidade competitiva, alavancada principalmente pelos avanços na produtividade empresarial e na geração do emprego sendo que o país, apesar de ter tido um declínio no crescimento do PIB em 2009", explicou Carlos Arruda, professor da FDC, responsável pela captação e avaliação dos dados brasileiros.
A classificação, que analisou 58 países, é baseada em pesquisas com 331 indicadores quantitativos e qualitativos, agrupados em quatro fatores de competitividade – desenvolvimento econômico, eficiência governamental, eficiência de negócios e infra-estrutura. Os dados são utilizados como ferramenta para determinar planos de investimento e tributação local, orientar decisões políticas dos governantes e compreender o mecanismo da competitividade em todo o mundo.
Os Estados Unidos, pela primeira vez, perderam a primeira colocação. O ranking é liderado por Cingapura, seguido de Hong Kong, EUA, Suíça e Austrália, nas cinco primeiro colocações.
Países como África do Sul (44º), México (47º) e Rússia (51º) ficaram atrás do Brasil, que demonstrou resistência para lidar com a crise, ao contrário dos países europeus que foram, de modo geral, os que mais perderam posições no relatório deste ano.
O estudo mostra que o Brasil ganhou três posições na categoria “Eficiência dos Negócios”, passando para o 24º lugar, e se destacou em 8º lugar com o seu PIB estimado em US$ 1,57 trilhão. No quesito “Eficiência de Governo”, o país se manteve na 52ª colocação; em “Finanças Públicas” ficou em 29º; e “em Política Fiscal”, 37º.
Na área de infraestrutura, o Brasil perdeu três posições, voltando para o 49º lugar; na área de saúde, caiu também três posições, ocupando o 40º lugar; e, na área de educação, com queda de duas posições, está em 53º lugar.
"O Brasil investe pouco em educação básica (cerca de mil dólares por aluno), que equivale à metade do que países como Argentina, Chile e México investem ou seis vezes menor se comparado à Comunidade Européia", explicou Arruda.
O relatório também apontou preocupações com a perda de posições referentes à retração de multinacionais brasileiras e ao baixo nível de investimentos estrangeiros no Brasil em 2009.
"Para os próximos anos prevemos ciclos de ganhos de posição da competitividade brasileira, mas para que este círculo virtuoso se mantenha é preciso que o Brasil continue ganhando competitividade, é fundamental que o governo, as empresas e a sociedade sustentem seus compromissos com o longo prazo, com os investimentos na capacidade produtiva, na infraestrutura e na educação", completou o professor da FDC.
O estudo trouxe uma novidade para 2010: o “simulador de estresse da dívida pública” (Debt Stress Test), que calcula os altos níveis de endividamento das nações e o impacto no desenvolvimento sustentável desses países. Este indicador aponta quanto tempo levará para as principais economias saírem da condição de alto devedoras e alcançarem déficits abaixo de 60% do PIB. O Japão lidera a lista com previsão de saída da condição de alto devedor em 2084. Outros destaques são Itália (2060), Portugal (2037), EUA (2033), França (2029), Alemanha (2028) e Reino Unido (2028). O Brasil com nível de endividamento em 2009 de 62,79% do PIB assim como Argentina, Índia e Noruega são os países que devem estar abaixo de 60% a partir de 2015.
Da Agência O Globo
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