terça-feira, 18 de maio de 2010

Bovespa recua e se aproxima do menor patamar desde outubro

Preocupações com economia europeia seguem pressionando índice.
Bolsa brasileira tem queda pelo quarto pregão seguido.

A já permanente aversão a risco dos investidores, que levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a cair nos últimos três pregões, está levando seu principal índice a recuar para uma pontuação não vista desde o fim de outubro de 2009.

Às 16h, o Ibovespa cedia 3,06%, aos 60.940 pontos. Em Wall Street, o índice Dow Jones recuava 0,97%, enquanto o Nasdaq registrava baixa de 1,55%.

Segundo o analista de investimentos da Omar Camargo Corretora, Luiz Augusto Pacheco, embora não haja novas notícias sobre a situação fiscal da Europa, a questão segue preocupando os investidores e não dá espaço para compras. "O euro está caindo forte hoje. O pacote levou a Europa a ganhar um pouco de tempo, mas a preocupação é com relação às medidas que os países terão que adotar", comentou.

Se a questão na Europa explica a baixa das bolsas no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado daquela região conseguiu tomar fôlego, com a Grécia recebendo a primeira parcela do empréstimo de ajuda dos países da União Europeia, de 14,5 bilhões de euros. Em Paris, o CAC-40 subiu 2,08%, para 3.617 pontos; em Londres, o FTSE 100 avançou 0,85%, aos 5.307 pontos; e em Frankfurt, o DAX terminou aos 6.156 pontos, com ganho de 1,47%.

No mercado local, as blue chips acompanham o Ibovespa e operam no vermelho. Enquanto as ações PN da Petrobras recuavam, 1,64%, os papéis PNA da Vale cediam 2,55%.

Também pressionam o Ibovespa as ações de empresas do setor de cartões. As ações ON da Cielo despencavam 10,83%, e as da Redecard recuavam 9,65%. A notícia de que o governo está pressionando as empresas para reduzirem as taxas cobradas de varejistas está levando os investidores a venderem os papéis.

O analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, afirmou que os investidores seguem atentos à situação na Europa e que são esses fatores que pesam sobre os negócios.

"A bolsa se encontra num momento bem instável, já que as preocupações ainda se referem à economia europeia e sua recuperação. Uma política fiscal mais austera, aliada a um ritmo menor de crescimento na China, preocupam, embora a queda do mercado esteja um pouco exagerada", pontuou.

Com informações do Valor Online e da Reuters
Do G1, em São Paulo

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