Filipinos cometem autoflagelo na Sexta-Feira da Paixão

"Faço isso por minha família, para que não tenham doenças", comentou o decorador de 36 anos, com um pedaço de pano sobre a cabeça e uma coroa de arame com espinhos. "Isso é a coisa mais dolorosa que já fiz, mas é pelo Senhor e é minha penitência", declarou.
David disse ter se flagelado por seus pais e pelos cinco irmãos, e para demonstrar sua devoção, durante os últimos sete anos. A cena se repetiu em localidades próximas à cidade de San Fernando, ao norte de Manila, que se converteu no centro da tradição filipina da Sexta-Feira Santa.
Na hora do almoço, as crianças corriam pelas aldeias com o chão cheio de sangue derramado pelas flagelações. Vinte e cinco pessoas, entre elas Mary-Hane Mamangun, 34 anos, foram crucificadas no povoado de San Fernando para reviver durante alguns minutos a dolorosa crucificação de Jesus Cristo.
Mamangun faz o ritual por 14 anos seguidos. Ela está convencida de que com essa dura prova ajudou a avó a se recuperar de derrames e a irmã de um câncer. "Minha avó tem agora 88 anos e ainda está sã", contou Mamangun antes de se crucificar. A penitente afirmou antes e depois da crucificação que não sentiu dor quando os pregos de cinco centímetros entravam a marteladas em suas mãos e pés.
Da AFP Paris
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