quarta-feira, 31 de março de 2010

Professores fazem protesto e fecham pistas da Avenida Paulista

Professores e servidores da saúde da rede estadual realizam um protesto para reivindicar reajuste salarial na tarde desta quarta-feira (31) na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Eles conseguiram furar o cordão de isolamento armado por policiais militares e bloquearam a pista sentido Consolação e ao menos duas faixas da pista sentido Paraíso da via por volta das 15h25.

Quem ia em direção ao Paraíso encontrava apenas a faixa da direita liberada para o trânsito. Às 15h35, os manifestantes também bloquearam toda a pista neste sentido. Em seguida ao bloqueio das faixas, começaram a jogar latinhas e outros objetos em uma base comunitária da Polícia Militar nas proximidades. Policiais militares isolaram o local e houve troca de empurrões.

Os funcionários públicos estaduais marcaram uma manifestação para as 16h, no vão livre do Masp. Devido a isso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda aos motoristas que evitem circular pela região, em razão do protesto, que já causa lentidão no trânsito.

Os professores da rede estadual de São Paulo, em greve desde o dia 8 de março, devem se reunir em assembleia, nesta quarta-feira, em frente à sede da Secretaria de Educação, na região central. Em princípio, o ato ocorreria na Avenida Paulista. Eles vão caminhar em passeata até a sede da secretaria, na Praça da República.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 34,3% e afirmam que estão com os salários congelados há cinco anos. Eles se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais.

De acordo o governo do estado, a folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu 33% entre 2005 e 2009, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões. Em relação às gratificações, segundo a Secretaria, são feitas na medida das disponibilidades orçamentárias.

O governo do estado não deve negociar enquanto os docentes estiverem em greve, informa a assessoria de imprensa do órgão.

Desconto no salário


A Secretaria divulgou, em nota, que os grevistas terão desconto salarial relativo às faltas. Além disso, perderão participação no Bônus por Resultados, que paga anualmente até 2,9 salários para as equipes escolares que superarem suas metas e, também, no Programa de Valorização pelo Mérito, que permite aumentos salariais de 25%.



Paulo Toledo Piza Do G1, em São Paulo


1 comentários:

Valdecy Alves disse...

Olá!

Amigo blogueiro, veja matéria e fotos sobre a manifestação dos professores de todos os municípios do Ceará, nas ruas de Fortaleza, pelo piso e por um plano de carreira decente, ////acessar em: www.valdecyalves.blogspot.com

Pra vc o soneto da infidelidade ao professor, que fiz parodiando Vinicius de Moraes:

A todo professor sou desatento
Sempre, com zelo tal e tanto e tanto
Pois educar é o meu desencanto
Extinguir professor: meu pensamento!

Perseguirei a cada vão momento
Esteja onde estiver, qual seja o canto
Levarei cada um ao pior do pranto
Ao pior pesar, nenhum contentamento!

E assim mais tarde, quando me procure
Atrás do piso, dor de quem ensina
Da valorização que vou negar-te!

Do FUNDEB direi quanto à propina
Desvio não o total, posto que é parte
De toda corrupção, que sempre dure!

21 de abril de 2010 às 16:18

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