Nova gigante varejista quer dobrar fatia de mercado

A união acontece alguns meses após o grupo Pão de Açúcar, líder no varejo do país, ter fechado acordo de compra das Casas Bahia, criando uma rede com pouco mais de mil
Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, e Luiz Carlos Batista, da Insinuante, que falaram sobre a operação em evento em um hotel em São Paulo, destacaram como principais vantagens da união o fato de as redes serem especializadas em regiões diferentes, e serem muito similares em tamanho.
Além disso, as duas afirmam estarem entrando no negócio sem dívidas e com reservas de caixa.
"A partir desse modelo de negócio ( o da fusão do Pão de Açúcar com a Casas Bahia), surgiu a ideia de ligar para o Luiz (Batista, da Insinuante) e falei: surgiu um caminho para que a gente possa continuar o nosso sonho. Acho que nós temos condição de fazer o mesmo que eles estão fazendo, mas do nosso tamanho", diz.
Segundo Nunes, a união apareceu como alternativa para os empresários, que
dizem terem sido alvo de assédio nos últimos tempos por parte de grupos internacionais interessados em comprar as redes. "Tenho o sonho de continuar no meu negócio", afirmou Nunes.
A grande vantagem é que quase não temos sobreposição de lojas. Isso só acontece no estado da Bahia, onde a Insinuante tem 80 e a Ricardo tem 60 lojas. Mas não devemos fechar nenhuma loja”, disse Nunes. Com relação à Bahia, os executivos apontaram que o mercado do estado comporta as duas varejistas.
O objetivo da "Máquina de Vendas", como foi batizada a nova holding, é crescer das atuais 528 lojas para mil pontos de venda em 2014. A estimativa é que o negócio gere um ganho com sinergias de cerca de 3% - aproximadamente R$ 150 milhões. O número de funcionários também deve dobrar, de 15 mil para 30 mil.
A bandeira da Ricardo Eletro predominará nas lojas dos estados do sudeste; já as lojas localizadas no nordeste passarão a ter bandeiras da Insinuante.
Ligia Guimaraes Do G1, em São Paulo
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