terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chuva castiga mais de 600 mil pessoas

Rio - O vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, sobrevoou ontem a cidade de Santa Leopoldina, uma das mais atingidas pelas chuvas no estado, que ontem decretou estado de calamidade pública. A cidade ficou completamente isolada depois que o nível do Rio Santa Maria da Vitória subiu mais de seis metros e transbordou. Nos municípios mais afetados há entre 9 mil e 10 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.


O bairro de Santo Agostinho, em Viana, ficou isolado depois que as águas do Rio Formate transbordaram. Município foi um dos mais atingidos pelas chuvas.
Foto: Chico Guedes/A Gazeta de Vitória/Agência O GloboSegundo Ferraço, choveu entre sábado e domingo cerca de 180 mm, quando o normal para o mês todo seria de 120 mm. Seis cidades do Espírito Santo decretaram situação de emergência: Viana, Vila Velha, João Neiva, Ibiraçu, Rio Bananal e São Domingos do Norte, segundo relatório da Defesa Civil estadual divulgado ontem. Ainda de acordo com o órgão, 112.300 edificações foram danificadas, desde terça-feira, nos 28 municípios atingidos. O levantamento contabiliza mais de 680 mil pessoas prejudicadas pelas chuvas.



Na madrugada de ontem, três casas desabaram em Cariacica, na Grande Vitória, sem deixar feridos. Desde o início dos temporais, três pessoas morreram e três ficaram feridas. As vítimas fatais foi um pai e suas duas filhas que dormiam no mesmo cômodo de uma casa que foi soterrada depois que um barranco desceu no bairro de Val Paraíso.Em Santa Leopoldina, a situação se agravou porque todos os carros da prefeitura, inclusive caminhões, ambulâncias e ônibus, ficaram submersos.

No sábado, uma cidade vizinha emprestou caminhões para ajudar na limpeza de Santa Leopoldina. Os rios de outros municípios também transbordaram. "Houve uma espécie de enxurrada no sábado à noite e, sem que ninguém esperasse, as casas foram inundadas. O município ficou sem luz, sem energia e sem comunicação por telefone ou celular", disse o prefeito Ronaldo Prudêncio, que decretou ontem estado de calamidade pública. Prudêncio estima o prejuízo em R$ 5 milhões.

Governo distribuiu 700 colchões às cidades atingidasDoações - O trabalho feito pelo governo do estado e pelas prefeituras neste primeiro momento, segundo Ferraço, é de fornecer água potável, colchões, cobertores e comida aos atingidos pelas chuvas. Ontem, a Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo entregou mais de 700 colchões e 500 cestas básicas para as vítimas das chuvas no estado.

No município de Rio Bananal, foram distribuídos 250 colchões e 250 cestas básicas. A cidade de João Neiva recebeu 250 colchões e 100 cestas. Em Vila Velha, foram entregues 100 colchões e 50 cestas básicas. Já Santa Leopoldina recebeu 100 colchões e 100 cestas de alimentos.

O governo deverá receber ainda os relatórios dos municípios afetados que indiquem as perdas e problemas de cada prefeitura. "É provável que, a partir do recebimento dos relatórios, nós tenhamos que pedir auxílio ao governo federal, através do Ministério de Integração Nacional, para recuperar as cidades mais atingidas", disse Ferraço.

Fonte DP

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