segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Denúncia anônima leva à prisão de ex-promotor em SP; condenado se diz "cansado"

Após a denúncia, a delegada Adanzil Limonta, responsável pela prisão, foi até o local em seu carro particular --escoltada por policiais civis-- e o prendeu. Segundo ela, Silva estava parado na calçada em frente a um condomínio, e não resistiu à prisão.

Segundo a polícia, o ex-promotor está magro e abatido, e disse ter tido problemas de saúde nos últimos anos. O delegado da seccional Nelson Silveira Guimarães afirmou que Silva disse estar "cansado".

Ele ainda teria dito à polícia ainda que pretende apresentar supostas provas que não pôde revelar durante seu julgamento, em 2001. Desde que o crime ocorreu, Silva alega que um assaltante teria atirado contra sua mulher.

Ainda segundo o delegado, o ex-promotor estava sem dinheiro e pesando cerca de 50 kg (para 1,70 metros de altura).
Ele foi encaminhado à carceragem do 81ºDP (Belém), na sede da 5º seccional, onde permanecia até o início da noite.

Fuga

À polícia o ex-promotor teria dito que passou os últimos oito anos no interior de São Paulo, mas o órgão não informou em que cidade ele teria ficado no período. Silva fugiu dias após ser condenado, em abril de 2001.

Ele chegou a ser incluído na lista de procurados da Interpol (polícia internacional), mas teria dito à polícia que nunca deixou o país neste período.

A Polícia Civil também não informou como o ex-promotor vem se sustentando desde a condenação. O delegado afirmou ainda que pretende encaminhá-lo a um CDP (Centro de Detenção Provisória), mas ainda não é possível informar se Silva deverá deixar a carceragem do 81ºDP nesta segunda.

Crime

Patrícia Aggio Longo, que tinha 27 anos na época e estava grávida de sete meses, foi morta com dois tiros na cabeça, dentro do carro do casal.

Durante o processo, foi realizado um exame de DNA que, oficialmente, comprovou que o filho que Patrícia esperava não era de Silva, que exigiu na Justiça um novo exame de DNA.
Após o crime, a Procuradoria Geral de Justiça denunciou Silva por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto.

ANDRÉ MONTEIROda Folha Online

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