Denúncia anônima leva à prisão de ex-promotor em SP; condenado se diz "cansado"

Segundo a polícia, o ex-promotor está magro e abatido, e disse ter tido problemas de saúde nos últimos anos. O delegado da seccional Nelson Silveira Guimarães afirmou que Silva disse estar "cansado".
Ele ainda teria dito à polícia ainda que pretende apresentar supostas provas que não pôde revelar durante seu julgamento, em 2001. Desde que o crime ocorreu, Silva alega que um assaltante teria atirado contra sua mulher.
Ainda segundo o delegado, o ex-promotor estava sem dinheiro e pesando cerca de 50 kg (para 1,70 metros de altura).
Ele foi encaminhado à carceragem do 81ºDP (Belém), na sede da 5º seccional, onde permanecia até o início da noite.
Fuga
À polícia o ex-promotor teria dito que passou os últimos oito anos no interior de São Paulo, mas o órgão não informou em que cidade ele teria ficado no período. Silva fugiu dias após ser condenado, em abril de 2001.
Ele chegou a ser incluído na lista de procurados da Interpol (polícia internacional), mas teria dito à polícia que nunca deixou o país neste período.
A Polícia Civil também não informou como o ex-promotor vem se sustentando desde a condenação. O delegado afirmou ainda que pretende encaminhá-lo a um CDP (Centro de Detenção Provisória), mas ainda não é possível informar se Silva deverá deixar a carceragem do 81ºDP nesta segunda.
Crime
Patrícia Aggio Longo, que tinha 27 anos na época e estava grávida de sete meses, foi morta com dois tiros na cabeça, dentro do carro do casal.
Durante o processo, foi realizado um exame de DNA que, oficialmente, comprovou que o filho que Patrícia esperava não era de Silva, que exigiu na Justiça um novo exame de DNA.
Após o crime, a Procuradoria Geral de Justiça denunciou Silva por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto.
ANDRÉ MONTEIROda Folha Online
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